Uma entrevista “ao espelho” para falar sobre as notícias que começam hoje. Após um período de pausa, o blog retomará sua atividade habitual com novas entrevistas e histórias para contar from Venice to Rio. Duas terras tão próximas em muitos aspectos, como também pela presença de muitos brasileiros aqui em nosso território e, mais ainda, de muitos italianos no grande país sul-americano.
DEZ PERGUNTAS
O que te levou a criar um blog? Há muitas razões. Sempre gostei de escrever, anos atrás publiquei meu livro “Eternamente Irremediável” no Brasil, uma coleção de poemas em português. Sempre fui atraída por histórias de vida. E a minha vida me levou a frequentar o Brasil por longos períodos, um país que considero como uma segunda casa e onde ao longo do tempo consegui tecer importantes relações de amizade e profissionais. Além disso, meu interesse em constante evolução e transformação por a beleza, design de interiores, imóveis de luxo e destinos turísticos me levou a criar From Venice to Rio. Não esquecendo as minhas origens, mas com um olhar para o futuro e, neste caso, também além-mar, integro os meus conhecimentos e experiências profissionais com curiosidades, conselhos práticos e entrevistas com profissionais que trabalham em diferentes contextos e funções a nível nacional e internacional. Gosto muito dos meus artigos e das pessoas que conheci e entrevistei ao longo do tempo.

Como nasceu esse projeto? A partir da convicção de que a Itália continua a exercer o seu indiscutível fascínio em todo o mundo e de que o Brasil é um país com um elevado potencial para empresas estrangeiras e em particular para o “Made in Italy”. Acredito, no entanto, que uma abordagem de marketing bem estruturada e habilidades específicas são necessárias para levar nossas excelências ao exterior. A figura do Brand e Media Ambassador tem conhecimento do mercado ou mercados-alvo e da cultura local, bem como das redes sociais, ferramentas indispensáveis para expandir a confiabilidade e reputação de uma marca e interagir com a imprensa e com os opinion maker locais.

Quais são os seus pontos fortes? Do ponto de vista profissional, além da minha formação jurídica e das minhas experiências anteriores no exterior na área comercial, posso contar com uma densa rede de contatos consolidada ao longo do tempo no Brasil: Câmaras de Comércio, consulados italianos, escritórios de advocacia, empresas de consultoria e gestão, luxury real estate, broker, travel and hospitality makers. Pessoalmente, “saber ouvir” as necessidades do cliente e fazer meus os seus objetivos, entusiasmo em enfrentar novos desafios, determinação, muita perseverança e paciência.
Quais são, na sua opinião, as desvantagens de exportar para o Brasil? Como em muitos outros países as leis complexas e em constante mudança geram inúmeros desafios e dificuldades para quem deseja fazer negócios no Brasil. O Brasil não é um país para iniciantes, como disse Vinicius de Moraes: burocracia, questões aduaneiras, complexidade tributária, deficiências logísticas e infraestruturais complicam a atividade em diversos campos do mercado e os processos organizacionais muitas vezes dificultam a venda e o ingresso de novos produtos em muitos setores. Por isso, é sempre melhor contar com quem faz parte da realidade brasileira há muito tempo.
E as vantagens? Para as empresas italianas e estrangeiras que querem aproveitar as oportunidades, o Brasil certamente oferece um custo de oportunidade interessante, também graças à taxa de câmbio muito favorável para os investimentos, além de ser um gigantesco mercado de escoamento. Não é por acaso que todas as grandes empresas italianas presentes confirmaram os seus planos de expansão no país. Além disso, o Brasil, além de ser líder no Mercosul (mercado sul-americano), é uma potência global, classificada entre as 10 maiores economias do mundo e a maior da América Latina. Estamos falando de um mercado de mais de 200 milhões de consumidores e por suas características os brasileiros são grandes consumidores. Além disso, as marcas italianas continuam a ter grande apelo também porque o Brasil tem um número de descendentes de italianos igual a 30 milhões, 15% da população.
Como você se definiria? Uma eterna apaixonada pela vida, sob o signo de Capricórnio.